22 de jan. de 2013

Resenha: Divergente - Veronica Roth


Título: Divergente
Original: Divergent
Série: Divergente/Divergent #1
Autora: Veronica Roth
Páginas: 504
Editora: Rocco (setembro de 2012)

Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.


Depois de tanto ouvir falar em Divergente, praticamente me senti obrigado a comprar e ver se o livro era realmente bom. Resultado? Não era tudo aquilo que diziam... O livro me prendeu a atenção em vários momentos, mas eu não tive aquela sensação de quero mais a cada capítulo que terminava de ler.

O livro conta a história de Beatrice, uma garota que está prestes a fazer 16 anos e precisará decidir o seu futuro em uma das cinco facções existentes em Divergente: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Franqueza, cada uma com características únicas. Sua vida foi toda construída na Abnegação, mas o teste de aptidão lhe sugere um resultado totalmente diferente e agora ela precisa fazer uma escolha muito importante.


Em meio a dúvidas em relação à sua escolha, Beatrice precisa aprender a viver em um local violento e sem saber quem são os seus verdadeiros amigos, pois isso é uma competição e ninguém quer perder. Até mesmo a personalidade da personagem principal parece ter se alterado, e isso fica muito bem evidenciado na passagem a seguir:


"Quando termino de me vestir e a vontade de chorar passa, sinto algo quente e violento remoendo minhas entranhas. Quero machucá-los. Encaro meus olhos no espelho. Eu quero machucá-los, e é exatamente isso que vou fazer."

"Não sei se é uma boa ideia perdoá-la ou não; ou perdoar qualquer um dos dois, depois do que me falaram quando as colocações foram divulgadas ontem. Mas minha mãe diria que as pessoas têm defeitos e que eu devo ser compreensiva. E Quatro me disse para me apoiar nos meus amigos. Não sei mais em quem me apoiar, porque já não sei bem quem são meus verdadeiros amigos. Uriah e Marlene, que ficaram ao meu lado mesmo quando eu parecia forte, ou Christina e Will, que sempre me protegeram quando eu parecia fraca?"


Apesar da narrativa ser em primeira pessoa, senti um pouco a falta de detalhes de alguns cenários e acontecimentos, pois isso é primordial nesse tipo de narrativa e deveria ter sido explorado mais vezes. Essa mesma narrativa é um pouco acelerada, mas não fiquei impressionado com ela e não me senti totalmente atraído pelos acontecimentos. Tirando esses contras, é um bom livro.

Voltando um pouco à estória... Beatrice, ao longo do livro, vai se firmando como uma garota de personalidade forte e um desejo absurdo de acabar de vez com as pessoas que só pensam em si mesmas e em tomar o poder para si.

"Eu me levanto devagar, segurando o braço direito contra o peito. Estou focada em um objetivo. Estou seguindo este caminho e não conseguirei parar, não conseguirei pensar em mais nada, até que eu alcance o final."

Eu acho que estava com uma expectativa muito alta e boa a respeito desse livro, o que acabou não se concretizando como deveria. Não virou um dos meus favoritos, mas vale a pena dar uma lida nos seguintes nas próximas férias.

Pontos fortes: narrativa em primeira pessoa e capítulos curtos.

Pontos fracos: falta de detalhamento das cenas.


Avaliação final:

Divergente:

1º livro - Divergente
2º livro - Insurgente
3º livro - Convergente

11 comentários:

  1. Nossa, a algum tempo atrás em todo lugar se falava desse livro, cheguei até a achar que tinha algo a ver com Jogos Vorazes, pois todo mundo que havia lido a série estava lendo ou querendo ler esse. Realmente a sinopse não me interessou muito, mas as capas tanto do primeiro como do segundo livro são muito boas, quem sabe um dia eu leia!

    labirintoimaginario.blogspot.com

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    1. Tem um pouco a ver com Jogos Vorazes, Garibaldi, pois envolve facções, assim como os distritos.
      A capa é bem bonita e eu estou esperando o lançamento do segundo livro para ver se a série evolui de maneira positiva.

      Abraços!

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  2. Nossa, você é a primeira pessoa que vejo falar que não gostou tanto assim do livro. Meu sobrinho leu e adorou. Bom vou ler para tirar as minhas conclusões, mas não agora, que to dando um tempo de distopias.

    http://blogprefacio.blogspot.com.br/

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    1. Eu acabei não gostando muito, Sil, apesar de ver vários comentários positivos a respeito do livro. Fazer o quê, né...

      Beijos.

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  3. Olá!
    Primeira pessoa que vez que não gostou muito de Divergente! Eu particularmente achei o livro bem parecido com Jogos Vorazes tipo essa coisa de Facção, lembra os distritos e tal!!
    Mas estou curiosa para ler o livro, a capa é bem bonita e chama um pouco a atenção!
    Parabéns pela resenha!!

    Beijos
    http://lovesbooksandcupcakes.blogspot.com.br/

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    1. É bem parecido, Tahis, e é impossível evitar comparações entre os dois. A capa é muito bonita e vale a pena dar uma olhada nessas férias.

      Beijos.

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  4. Obrigado pelos elogios, Fran!
    Eu tento sempre destacar os dois lados da moeda, para o pessoal não achar que eu só falo bem ou mal de algum livro. Deixando de lado as críticas, é um livro que pode ser lido a qualquer hora.

    Abraços!

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  5. Oi, você é um dos poucos que vi que não caiu de amores pelo livro.Eu ainda não o li, mas quero ler e ver o que acontece,
    Bjs, Rose.

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    1. Pois é, Rose, isso acontece! HAEUHAEHAUEHAE
      Mas vale a pena dar uma lida e ver o que você acha.

      Beijos.

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  6. Eu sou suspeito para falar de Divergente, afinal li ele bem antes do lançamento e amei. O que acontece com livros e as pessoas não entendem é que, uns amam e outros odeiam. Nem por isso devemos chegar em uma resenha negativa (ou positiva no caso da maioria ser negativa) e apedrejar o autor, cada um tem seu gosto. Você passou bem o que achou do livro e acho que o que conta de verdade em uma resenha é a sinceridade com que o autor expõe os fatos, não adianta nada puxar o saco da editora né? Parabéns pela resenhas :D

    Robs - http://perdidoempalavras.blogspot.com.br/

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    1. É verdade, Gabriel. Eu estava com uma expectativa muito alta para esse livro e acabei não sendo correspondido, mas muita gente gostou mesmo de Divergente. Ainda bem que você entendeu a sinceridade que eu tentei passar na minha resenha, pois não fica legal ficar puxando saco dos autores e das editoras, certo?

      Obrigado por comentar e que venha Insurgente!

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