23 de mar. de 2015

Resenha: O Duelo dos Reis - Joe Abercrombie


Título: O Duelo dos Reis
Original: Last Argument of Kings
Série: A Primeira Lei/The First Law #03
Autor: Joe Abercrombie
Páginas: 576
Editora: Arqueiro (fevereiro de 2015)

Sinopse: A União está em guerra. Ao norte, o coronel West e suas tropas recuperaram a fortaleza de Dunbrec, mas a batalha pode se arrastar por anos, porque o rei dos nórdicos não irá se render. É hora de Nove Dedos voltar e enfrentar seu pior inimigo. O problema é que, no calor da batalha, nunca se sabe quando o Nove Sangrento surgirá de dentro dele – e o Nove Sangrento não escolhe lado, só quer matar. Na Terra do Meio, uma revolução camponesa por direitos igualitários e participação política desestabiliza os governos locais. Caberá a Jezal dan Luthar negociar a paz e, se preciso, combater o próprio povo. Na capital, com o rei doente e sem herdeiros, os membros do Conselho Fechado começam a comprar apoio dos nobres, numa corrida oculta ao trono. Depois de ter escapado por pouco de Dagoska, Sand dan Glokta precisa sobreviver ao jogo político. Para isso, vai usar os recursos em que é mestre: chantagem, ameaça e tortura. Além disso, tropas gurkenses se movem no sul em direção a Adua, dispostas a travar uma guerra santa e levar Bayaz a julgamento. Para salvar o mundo, o Primeiro dos Magos precisa salvar a si mesmo, porém há riscos enormes quando se mexe com magia. E nada pode ser mais arriscado do que quebrar a Primeira Lei. O duelo dos reis é um épico sombrio e brilhante, um final de tirar o fôlego para a trilogia que redefiniu a literatura fantástica.

Essa resenha contém spoilers dos livros anteriores.

E finalmente chego ao fim da trilogia A Primeira Lei. Confesso para vocês: não terminava uma série há MUITO tempo. A gente vai lendo e lendo vários volumes de várias séries diferentes e esquece de terminar uma por vez. Acontece com a maioria dos leitores, acredito eu...

- Aprendi todo tipo de coisas com meus muitos erros - comentou Cosca, que esticou o pescoço e o coçou. - A única coisa que nunca aprendi foi a parar de cometê-los.

Só para relembrar alguns fatos do final do 2º livro: ao Norte, a fortaleza de Dunbrec foi recuperada pelos guerreiros da União e agora Bethod foge mais ainda para o norte, procurando um local propício às suas armadilhas. Cabe a West e os nórdicos que se juntaram a eles (como o grupo de Cachorrão) irem atrás dele e terminar de uma vez por todas com a ameaça de Bethod. Um reencontro muito esperado acontece nesse livro, já aviso, além de velhas ameaças ressurgirem, como é o caso do gigante Fenris, o Temível.


Na Borda do Mundo, Bayaz e seu grupo chegaram aonde queriam, mas não encontraram a tal Semente (Abercrombie desgraçado, só trollou os leitores).  Resta voltar a Adua e tentar encontrar uma solução para o avanço dos gurkenses. Gurkenses esses que, por sinal, retomaram o controle de Dagoska logo depois do nosso torturador Glokta ter escapado de lá a mando do arquileitor Sult.

Grandes jornadas começam com pequenos passos, como o pai de Logen sempre dizia.

Nesse desfecho, finalmente entendemos mais sobre o que é a Primeira Lei e quais são as suas consequências, sendo elas boas ou más. Tudo depende do ponto de vista, é claro. Novas perspectivas da magia são apresentadas, fantasmas do passado aparecem para atormentar a vida de alguns e os demônios do Outro Lado parecem estar voltando. Bayaz seria a pessoa mais indicada a mexer com esses poderes sobrenaturais. Ou não? Leia e descubra! ;)


Uma boa parte desse livro concentra-se na Ilha do Mundo, onde a capital Adua sofre com a morte do rei atual e prepara-se para uma briga ferrenha nos Conselhos Aberto e Fechado para que se possa escolher o próximo governante. Tudo é jogo político, amigo. Adicionado a isso o iminente avanço das tropas gurkenses contra a União, que parecem não ter gostado de ficar somente do lado de lá do oceano e agora viram suas lanças para a capital Adua.

Mas quem acaba roubando a cena, como sempre acontece, são os personagens Sand dan Glokta e Logen Nove Dedos/Nove Sangrento. Os dois são exímios personagens, extremamente bem construídos e com qualidades e defeitos de um ser humano comum (mais defeitos, por sinal).


Glokta é a personificação pura do humor negro, é impossível não dar risada com os pensamentos dele (grande sacada do Abercrombie ao colocá-los em itálico durante a narrativa) e não sentir dor no próprio corpo quando o torturador sobe alguma escada ou tenta mexer as costas. Isso é algo intrigante e diferenciado nas obras atuais, acostumadas a nos trazer personagens clichês demais.

Logen é um brutamontes nascido para matar, odeia estar no comando (porque sabe que só coisas ruins acontecem nessa hora), mas não foge de uma boa disputa. Sua outra personalidade, o Nove Sangrento, aflora nos momentos mais tensos, e o problema é justamente esse. Quando todos precisam do Nove Sangrento ele está lá, pronto para matar... o que estiver pela frente. As consequências dos atos do Nove Sangrento são monstruosas.

- Brinque de ser o homem bom se quiser, o homem que não tem escolha, mas nós dois sabemos o que você é de verdade. Paz? Você nunca terá paz, Nove Sangrento. Você é feito de morte!

Mas e o Jezal dan Luthar? Ah, aquele guri mala e mimado lá do primeiro livro (O Poder da Espada)... Nada que uma porrada de maça na sequência não resolva alguns dos seus problemas de civilidade!! Preparem-se para se surpreender muito com esse personagem e com os rumos que ele acaba tomando. Foi algo que eu nem imaginava, diga-se de passagem.


Não posso esquecer de comentar sobre a Ferro também, uma personagem forte e decidida, buscando apenas um objetivo: vingança. Mesmo que isso a faça abandonar as (poucas) coisas boas que aparecem na sua vida. Ardee West, irmã de Collem West, acaba tendo um destino inusitado (alguns irão gostar e outros não, mas enfim), ao contrário do seu irmão, que provou ser um dos personagens mais ambíguos e inconsequentes de toda a trilogia.


Percebe-se claramente a evolução de Joe Abercrombie em toda a trilogia, refinando a sua escrita e tornando a leitura muito agradável. Com colocações pontuais a respeito da mitologia por trás de todos os magos e cidades envolvidos na trama, Abercrombie consegue nos brindar com um livro melhor que o outro, mostrando que tudo pode ser melhorado. O único porém foi o autor ter usado um pouco demais o tell nos seus livros. No caso, apenas contar o que aconteceu e não mostrar-nos 'ao vivo'. É aquela máxima do show, don't (just) tell, o que acaba deixando uma sensação de vazio em algumas partes. Certamente umas 50 páginas a mais por livro fariam muita diferença.

Gostei do destino de vários personagens e não curti tanto o de outros, ficando com aquela sensação de que a narrativa poderia ter continuado só um pouquinho mais, já que ainda parece haver coisas para se contar e se revelar (benditas pontas soltas). Muitas coisas intrigantes acontecem nesse 3º livro, algumas delas acompanhadas de revelações surpreendentes, capazes de deixar o leitor mais desavisado de queixo caído. E, não esquecendo de comentar, teremos várias traições por todos os lados possíveis. Um temperinho a mais para acirrar os ânimos no Círculo do Mundo.

A trilogia certamente agradará àqueles fãs de fantasia que gostam de um mundo mais real, mais verossímil, com personagens cinzas e passíveis de punição. Fica a recomendação!

"O poder torna todas as coisas certas. Essa é a minha primeira lei e a última. É a única lei que eu reconheço." - Bayaz, o Primeiro dos Magos

Avaliação final:

A Primeira Lei:

1º livro - O Poder da Espada
2º livro - Antes da Forca
3º livro - O Duelo dos Reis

21 de mar. de 2015

Novo banner para o blog

Boa noite, desbravadores.

Já repararam na novidade? O blog tem um banner novo!!

Pedi para o meu amigo Fernando Moraes fazê-lo e gostei bastante do resultado final. Consegui juntar muitos dos meus personagens favoritos da literatura em apenas uma imagem e isso é simplesmente fantástico! Na sequência, caso não conheçam todos: Temujin (Genghis Khan), Logen Nove Dedos, Uhtred, Locke Lamora e Kaladin Stormblessed.


Gostaram? Acham que combina com o estilo do blog? Deixe a sua opinião!

9 de mar. de 2015

Resenha: Antes da Forca - Joe Abercrombie


Título: Antes da Forca
Original: Before They Are Hanged
Série: A Primeira Lei/The First Law #2
Autor: Joe Abercrombie
Páginas: 496
Editora: Arqueiro (junho de 2014)

Sinopse: Nesta ardilosa sequência de O poder da espada, o futuro da União está em três frentes de batalha - e nenhuma delas parece nem perto da vitória. Sand dan Glokta se tornou o todo-poderoso de Dagoska e tem de impedir que ela seja tomada pelos inimigos - tarefa difícil em uma cidade com muralhas decadentes e escassez de soldados. Além disso, o ex-torturador também precisa desvendar uma conspiração no conselho governante e salvar a própria pele. Enquanto isso, nas terras congeladas de Angland, o coronel West tem pela frente uma complicada missão - proteger o príncipe herdeiro no campo de batalha e evitar que a inexperiência e a arrogância dele levem todos para a morte. Ao mesmo tempo, Bayaz lidera uma expedição que cruzará o continente até a borda do Mundo. Passando por terras amaldiçoadas e esquecidas no passado, ele precisa encontrar a Semente - uma relíquia do Tempo Antigo que poderia pôr um fim à guerra, ao exército de comedores que se multiplica no Sul e aos bandos de shankas que atacam no Norte. Nesta trama inteligente e de personagens complexos, antigos segredos são revelados, batalhas sangrentas são travadas, inimigos mortais são perdoados - mas não antes de estarem na forca.

Dando continuação à trilogia escrita por Joe Abercrombie, dessa vez fui presenteado com um livro bem mais dinâmico, repleto (!) de referências ao passado e com um excelente desenvolvimento de grande parte dos personagens principais. Antes da Forca é muito melhor que O Poder da Espada, só para antecipar a vocês.

West encontra-se no Norte, protegendo o príncipe Ladisla de uma iminente batalha com os nórdicos de Bethod. Glokta foi para Dagoska investigar o desaparecimento do antigo superior e tentará segurar o avanço inevitável dos gurkhenses, loucos para retomar a sua cidade. Já Bayaz está viajando para a Borda do Mundo com o seu grupo (Logen, Ferro, Pé Comprido, Quai e Jezal). Isso é o que dá para resumir do final do livro anterior, como apresentado na sinopse acima.


Como de praxe, o humor de Glokta está presente novamente. Os capítulos dele são terrivelmente hilários, sempre com aquela reclamação constante da dor nas pernas enquanto tortura implacavelmente os inimigos da Inquisição. Só que dessa vez Glokta está em perigo constante, já que Dagoska não é uma cidade conhecida por manter seus superiores com cabeça.


"Já deveria saber. Só os amigos ficam para trás. Os inimigos estão sempre nos calcanhares da gente."

O mais interessante desse livro é que as menções ao passado são bem constantes, não só por parte de Bayaz, mas também por vários dos outros personagens da trama. Conhecemos mais sobre as Primeira e Segunda Leis (Jamais tocar o outro lado e jamais comer a carne de um humano, respectivamente), as guerras de antigamente são explicadas, principalmente aquelas entre os magos Juvens, Kanedias, Gustrod, Khalul e cia. É legal saber dessas coisas, faz diferença num livro, já que todo o aspecto histórico sempre é importante para dar  uma boa sustentação à narrativa, até mesmo a certas atitudes de alguns personagens.

Mas nada supera Logen Nove Dedos. Ou poderíamos simplesmente fazer referência ao Nove Sangrento? Para mim é o melhor personagem dessa trilogia até agora, um homem simples e nascido para lutar, ainda mais por contar com as suas "habilidades especiais", digamos assim. Saber como tudo começou para O Nove Sangrento é intrigante, as bobagens que ele fez e também o seu modo de tentar reparar as coisas. Somente uma coisa ficou em aberto e eu quero muito descobrir no próximo livro: o porquê de sua rixa com Bethod.
– Para mim, não ter medo é ostentação de idiotas. Os únicos homens sem medo são os mortos, ou talvez os que vão morrer logo. O medo ensina a ter cautela e respeitar o inimigo e a evitar se exceder por raiva. Todas essas coisas têm seu uso, acredite. O medo pode mantê-lo vivo, e isso é o melhor que qualquer um pode esperar numa luta. Todo homem que vale alguma coisa tem medo. O que importa é o uso que você faz dele.

Vale ressaltar também que o grupo de Bayaz começa a criar uma conexão mais forte, já que viajar para o outro lado do mundo e simplesmente não dar bola para os outros seria algo meio difícil. Até Ferro, com todo o seu palavrado e aversão aos outros, parece estar mudando (um pouco) o seu temperamento e passa a interagir com os demais. Às vezes de um modo diferente. rsrs

E ainda por cima até o Jezal passa a ser menos mala (por incrível que pareça), mas isso só depois de um acontecimento bem impactante para a sua vida... Leia e descubra. ;)

Mas a melhor coisa nas obras de Joe Abercrombie é a semelhança que podemos traçar com a realidade. Parece que está tudo ali, acontecendo na sua frente. Se alguém tiver que ter um membro amputado, assim o terá. Se você precisar de uma descrição de alguém agonizando, pedindo para morrer o quanto antes, assim você terá. É tudo próximo da realidade, e não sei vocês, mas para mim é isso que eu procuro em uma obra. Quero me sentir no meio da narrativa, sofrendo com os personagens, vibrando com suas vitórias, lutando ao lado dos guerreiros!!


"Nossa perdição se aproxima e todo mundo percebe isso. Coisa estranha, a morte. De longe você pode rir dela, mas, à medida que chega perto, ela parece cada vez pior. Quando está suficientemente perto para ser tocada, ninguém ri."

Por fim, tudo parece estar convergindo para um final bem épico, digno daquelas grandes trilogias. Antes da Forca, assim como seu antecessor, O Poder da Espada, é uma "preparação" para o volume seguinte, deixando o terreno pronto para que algo maior aconteça. Estou com ótimas expectativas para O Duelo dos Reis e espero que elas se confirmem muito em breve.

Ah, só mais uma coisinha: a partir do dia 15 de março (domingo que vem) o grupo Livros de Fantasia e Aventura estará fazendo uma leitura conjunta desse livro e eu mesmo serei o moderador. Sintam-se todos convidados a passar por lá e discutir os capítulos com a gente!  

Avaliação final:

A Primeira Lei:

1º livro - O Poder da Espada
2º livro - Antes da Forca
3º livro - O Duelo dos Reis

4 de mar. de 2015

Resenha: Caixa de Pássaros - Josh Malerman


Título: Caixa de Pássaros
Original: Bird Box
Autor: Josh Malerman
Páginas: 272
Editora: Intrínseca (janeiro de 2015)

Sinopse: Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler. Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.

Mudando rapidamente de gênero e testando um tipo de leitura diferente, resolvi me aventurar em um livro de horror e foi aí que me deparei com Bird Box, versão estrangeira do lançamento da Intrínseca Caixa de Pássaros. Achei a ideia do autor bem interessante e resolvi dar uma chance.

Somos apresentados inicialmente a Malorie e duas crianças, chamadas de Boy e Girl (Garoto e Garota), em meio a uma decisão sobre sair ou não da casa em que se encontram para ir em busca de um lugar seguro, localizado rio abaixo. O problema nisso tudo? Você não pode abrir os olhos do lado de fora!!! Um pouco complicadinho, né?


Tudo começou há quatro anos, quando os meios de comunicação subitamente transmitiram notícias sobre o surto de algumas pessoas. Essas enlouqueciam e matavam quem estivesse por perto, logo após cometendo suicídio. Mas uma informação era recorrente: isso só acontecia depois que elas viam alguma coisa. Ou alguém. Foi aí que todos começaram a trancar as portas, tapar todas as janelas e se abrigar dentro de casa, com medo de sair e ver o que estava causando tudo isso. O tal surto passou a ser chamado de Problem (Problema), até que mais informações fossem coletadas.


O autor, além de contar a história atual de Malorie e as duas crianças, também volta no tempo até o começo dos acontecimentos e vai intercalando os capítulos entre essas duas frentes, o que foi uma boa sacada. O livro ficou dinâmico e rápido de se ler. Presenciamos o nascimento das crianças, a vida de Malorie na casa antes delas chegarem e também de como ela se virou até aqui juntamente com outros sobreviventes.

Confesso que sempre fui meio fissurado por essa coisa de pós-apocalipse, o mundo entrando em colapso, tento saber sempre o máximo possível (vai que um dia aconteça, né? ahsuhsauhusah), e esse foi um dos motivos para começar a ler Bird Box. Apesar de ser em uma escala pequena, já que conhecemos apenas a cidade em que Malorie se encontra, já dá pra ter uma noção legal da loucura que seria, ainda mais não podendo enxergar quando saísse de casa. Uma hora dessas pretendo ler algo sobre zumbis, prometo, só para saciar essa minha curiosidade mórbida.
“It's better to face madness with a plan than to sit still and let it take you in pieces.” 

Uma das coisas bem interessantes da trama é entender o treinamento que Malorie faz com as crianças desde que elas são praticamente bebês. Eles PRECISAM aprender a escutar bem, pois simplesmente não podem depender da visão para se livrar dos problemas que podem (e vão) aparecer, então medidas mais drásticas precisam ser tomadas. Pense em saber diferenciar o som de uma pessoa sentado na mesa ou encostando-se no sofá, chorando ou fungando, coisas desse tipo.

Caixa de Pássaros parece estar fazendo sucesso aqui no Brasil e em alguns países mundo afora, mas não chegou a me cativar a ponto de achá-lo um bom livro. A ideia do livro é bem legal, com todo esse negócio de não poder enxergar e ter que se mover somente com os outros sentidos, mas não achei muito bem executada. Sem contar que o final deixou BASTANTE a desejar, já que eu queria mais explicações sobre O Problema e acabei não recebendo tudo o que eu precisava/desejava. Uma tremenda bola fora, diga-se de passagem.

Não é um livro que irei recomendar por aí, mesmo tendo alguns bons momentos de tensão na narrativa, principalmente quando Malorie está na casa juntamente com outras pessoas.

Avaliação final:
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