31 de dez. de 2014

Os melhores livros de 2014

Final de ano chegando, 2014 se vai e 2015 está logo ali, pedindo para ser desbravado. Como é de praxe, todo blogueiro que se preze e/ou leitor fanático faz aquela listinha básica dos melhores do ano, e comigo não será diferente. Seguem as cinco melhores leituras desse ano que passou:

5º lugar - O Temor do Sábio por Patrick Rothfuss
Uma fantasia diferente das habituais, agora alcançando um novo nível. A sequência de O Nome do Vento traz novas aventuras para Kvothe e mais pontas soltas são deixadas ao final da leitura, deixando todos os fãs ávidos pelo terceiro e último livro, do qual não temos previsão nenhuma de lançamento. Desbrave a resenha.

4º lugar - Steelheart por Brandon Sanderson
Uma das leituras mais agradáveis e divertidas dos últimos tempos. Heróis com poderes são fáceis de encontrar, mas e vilões? Em Steelheart temos vários deles e David encontra um grupo que é especialista em combatê-los. Dinâmico ao extremo, fica a dica para quem quer começar a ler em inglês também. Desbrave a resenha.

3º lugar - As Mentiras de Locke Lamora por Scott Lynch
Recheados de humor negro e com uma linguagem não muito delicada, Locke Lamora e seus companheiros aprenderam a roubar desde cedo e agora só pensam em dar golpes grandes, capazes de abalar uma cidade. Uma das grandes surpresas no Brasil em 2014, As Mentiras de Locke Lamora e seu autor Scott Lynch vão fincando seu espaço na fantasia e a série promete crescer muito. Desbrave a resenha.

2º lugar - The Way of Kings por Brandon Sanderson
Uma das séries mais épicas que pude desbravar até hoje e ainda está apenas no começo!!! The Way of Kings é o primeiro livro de The Stormlight Archive e o autor Brandon Sanderson conseguiu construir o mundo de Roshar de uma maneira extremamente singular e grandiosa, com personagens bem explorados e batalhas sangrentas pelo domínio das Shattered Plains. Desbrave a resenha.

1º lugar - O Guerreiro Pagão por Bernard Cornwell
Uma obra-prima em termos de batalhas. O autor Bernard Cornwell sabe como ninguém descrever o sufoco de uma parede de escudos e combates singulares, e em O Guerreiro Pagão tudo é feito de forma magistral. Temos Bebbanburg, temos Cnut, temos os padres incomodando a vida de Uhtred, enfim, temos tudo que um romance de ficção histórica precisa. Leitura obrigatória! Desbrave a resenha.

Enfim, esses foram os livros que mais gostei de desbravar em 2014. Foram leituras MUITO BOAS e que fizeram 2014 valer a pena, com certeza, ainda mais por ter conhecido tantas séries diferentes e todas com suas características próprias. Deixo como destaque também o livro Mistborn: O Império Final, do autor Brandon Sanderson, O Aprendiz de Assassino, da autora Robin Hobb, e também a trilogia Legend, da autora Marie Lu, que consegui finalizar. Outros livros não me agradaram TANTO assim, como O Olho do Mundo, O Poder da Espada e também Roubo de Espadas, mas mesmo assim pretendo continuar as séries, principalmente A Roda do Tempo por ser tão bem recomendada pela maioria dos leitores.

Era isso, fica aqui portanto o meu Feliz Ano Novo para todos os desbravadores desse mundo e que 2015 seja repleto de ótimos livros! Obrigado por sempre acompanharem o blog nesse período e continuem desbravando, afinal, o mundo é pequeno para tantos leitores.

11 de dez. de 2014

Resenha: O Aprendiz de Assassino - Robin Hobb


Título: O Aprendiz de Assassino
Original: Assassin's Apprentice
Série: Saga do Assassino/Farseer Trilogy #01
Autora: Robin Hobb
Páginas: 416
Editora: LeYa (julho de 2013)

Sinopse: Fruto de uma infidelidade, Fitz, filho de Cavalaria, é um bastardo real, desprezado pelo mundo, sem amigos e solitário. O rapaz refugia-se nos estábulos da realeza e apenas sua conexão mágica com os animais – a antiga arte conhecida como Manha – proporciona-lhe um pouco de alegria e companheirismo. Mas a Manha, se usada com frequência, é uma mágica perigosa e mal vista pela nobreza. Então, quando Fitz é finalmente adotado pela casa real, ele deve abrir mão de seus antigos costumes e aprender a viver esta nova vida: artilharia, escrita, bons modos, a magia do Talento… e, secretamente, aprender a matar um homem, já que é treinado para se tornar o assassino real e um dos homens de confiança do Rei Sagaz. Quando salteadores bárbaros começam a atacar os povoados costeiros, Fitz será encarregado da sua primeira missão. Ao mesmo tempo, perceberá que está rodeado de intrigas, segredos, desonra, heroísmo, aventuras e magia. Embora alguns o vejam como uma ameaça ao trono, ele talvez se torne a principal peça para a sobrevivência do próprio reino. Em O Aprendiz de Assassino, primeiro volume da série “Saga do assassino”, Robin Hobb cria uma das histórias mais amadas da literatura de fantasia.

Primeiro livro da trilogia Saga do Assassino, O Aprendiz de Assassino nos apresenta Fitz, filho bastardo do príncipe Cavalaria, atual herdeiro dos Seis Ducados. Nosso protagonista chega em Cidade de Torre do Cervo a pedido da realeza, causando um certo desconforto nos nobres que sempre viam Cavalaria como um homem íntegro e incapaz de possuir um bastardo. Lá, devido à sua condição, é menosprezado pela maioria dos habitantes e precisa aprender a lidar com isso.

Quem o "adota", podemos dizer assim, é o mestre dos estábulos Bronco, e é exatamente lá que Fitz viverá boa parte de sua infância. Aprendendo a cuidar dos cavalos e também afeiçoando-se bastante aos cachorros que existem por lá, Fitz vai estreitando seu laço com os bichinhos e aos poucos percebe que sua relação com eles não é meramente afetiva, há sempre algo mais, algo que explicarei logo adiante, no decorrer dessa resenha.


Ao mesmo tempo que cresce, Fitz é contratado pelo rei Sagaz para que se torne um assassino e ajude a expulsar os Salteadores dos Navios Vermelhos, bárbaros que começam a atacar a costa dos Seis Ducados e pretendem criar ainda mais problemas. E é a partir daí que o livro começa a ficar bom. A história é contada pelo próprio Fitz muitos anos depois e flui tranquilamente, sendo em primeira pessoa e com as lembranças do protagonista sendo inseridas durante a narrativa.

Para aprender as técnicas de assassinato, Fitz conta com a ajuda de Breu, o antigo assassino do rei e conhecedor dos mais variados segredos dessa arte. Suas aulas nunca têm data certa para acontecer e dependem muito da boa vontade de Breu para que ocorram. Normalmente no meio da noite, quando Fitz está podre de cansado e pretendia ficar dormindo. hahaha

"Se tudo o que eu tivesse feito na vida fosse ter nascido e ser descoberto, ainda assim teria deixado uma marca em toda aquela terra, para todo o sempre. Cresci sem pai nem mãe, numa corte onde todos me conheciam como um divisor de águas. E um divisor de águas me tornei."

Aprofundando-se um pouco mais no livro, conhecemos o Talento, uma espécia de "controle cerebral" que uma pessoa pode ter sobre outra. Essa arte, segundo trecho do livro, é, na sua forma mais simples, o estabelecimento de uma ponte entre os pensamentos de duas pessoas. Há muitas maneiras de empregá-lo. Durante uma batalha, por exemplo, um comandante pode enviar uma simples informação e comandar diretamente os seus oficiais, se estes tiverem sido treinados para recebê-la. Um indivíduo muito Talentoso pode usar sua habilidade para influenciar até mesmo mentes que não tenham sido treinadas ou as mentes dos seus inimigos, inspirando neles medo, confusão ou dúvida. Homens tão dotados são raros. Mas, se incrivelmente agraciado com o Talento, um homem pode aspirar a falar diretamente com os Antigos, estes que são inferiores apenas aos próprios deuses. No mínimo intrigante, né? Ainda mais depois de saber que o Talento é uma herança de família, só transmitida para quem tem sangue real.

Como já dá pra adivinhar, o nosso Fitz possui essa habilidade, mas não tem a menor ideia de como ela funciona e para isso é levado a Galeno, mestre do Talento da Cidade de Torre do Cervo, para que aprenda alguma coisa. Infelizmente, esse Galeno desgraçado não gosta nem um pouco do protagonista e faz de tudo para que ele NÃO desenvolva a sua habilidade. É uma baita sacanagem! Enfim, deixo os detalhes para quem for ler a obra.

Agora vamos ao diferencial do livro: a ManhaEla é o poder do sangue animal, da mesma forma que o Talento vem da linhagem dos reis. Começa como uma bênção, dando a você as línguas dos animais. Mas depois se apodera de você e te puxa para baixo, faz de você um animal como os outros. Até que finalmente não há sequer um resquício de humanidade em você, e você corre e late e prova sangue, como se a matilha fosse tudo o que você alguma vez na vida tivesse conhecido. Até que nenhum homem possa olhar para você e pensar que um dia foi um homem.

Como havia dito lá no começo da resenha, Fitz tem uma ligação especial com os animais, e essa ligação chama-se Manha. Porém, seu "babá" Bronco repudia essa arte e proíbe que Fitz a utilize, o que nem sempre acontece. Ainda mais quando ele está próximo de Narigudo, um cão que aceita essa conexão com Fitz e ambos tornam-se amigos inseparáveis. Nem tudo é alegria, como vocês acabarão descobrindo quando tiverem o livro em mãos.



Voltando um pouco aos bárbaros, os Salteadores dos Navios Vermelhos, por sinal, não tem um papel TÃO importante assim nesse primeiro livro, pois eles são somente apresentados a nós e pouco se sabe sobre quem são e quais as suas motivações. Porém, deve-se considerar algo a respeito deles: quando pegam reféns e os soltam, esses reféns ficam completamente loucos, desprovidos de pensamento crítico, como se não fossem mais humanos, e viram algo bem parecido com zumbis mesmo, num processo que é chamado de Forjamento. Como eles se transformam, o que é feito com eles dentro dos Navios? São perguntas que você só descobrirá lendo.


Porém, o maior mistério desse primeiro livro fica por conta do Bobo. Todo misterioso e cheio de frases enigmáticas, nunca dá para saber se o que ele está falando é brincadeira ou a mais pura verdade, capaz de mudar o destino de muita gente. Para mim não é um personagem que foi simplesmente colocado ali por um acaso do destino, ainda acredito que será muito importante no desenrolar da história. Muitas tretas me aguardam, estou só prevendo!


Só tem um negócio que me incomodou quando finalizei a leitura: eu não consigo ver o Fitz como um assassino! Sim, é isso mesmo!! Ele teve o treinamento dele, cresceu, apanhou e aprendeu com tudo isso, mas enquanto eu lia eu não pensava: "Nossa, esse cara é um matador, nunca vou querer incomodá-lo". Talvez tenha sentido isso justamente por causa do título (O APRENDIZ de Assasssino), mas enfim, acho que é algo remediável e no segundo esse aspecto deve melhorar bastante, espero. Considero também o fato do livro terminar com ele tendo uns 15 anos (pela minha memória), então ainda há muito que se desenvolver e a prática certamente o ajudará com isso.

A autora consegue descrever de uma maneira leve e precisa os Seis Ducados, as descrições não são monótonas e dá pra encaixar perfeitamente Fitz dentro do cenário. Preparem-se também para sentir diversas emoções com alguns personagens: vocês irão odiar/desprezar Majestoso, respeitar Veracidade e desejar saber tudo mais sobre Cavalaria, os três príncipes e filhos de Sagaz. Muitas intrigas políticas estão por trás de todos os problemas, diga-se de passagem...

Enfim, para finalizar, digo que O Aprendiz de Assassino é uma leitura que considerei bem válida e possui suas peculiaridades que a tornam uma obra levemente diferenciada das demais. Não é algo excepcional, que eu PRECISE recomendar para todo mundo que lê fantasia, mas acredito que valha a pena investir e conhecer mais sobre Fitz e o núcleo que o cerca. Os dois volumes finais da trilogia, O Assassino do Rei e A Fúria do Assassino, já foram lançados aqui no Brasil e você pode encontrá-los facilmente em qualquer site pela internet afora. Até a próxima resenha!

Avaliação final:

Saga do Assassino:

1º livro - O Aprendiz de Assassino
2º livro - O Assassino do Rei
3º livro - A Fúria do Assassino

Convite aos leitores de fantasia

Boa tarde, desbravador!

Que tal participar de uma leitura conjunta e ter a oportunidade de discutir mais sobre aquela obra que você tanto queria conhecer? É pensando nisso que o grupo Livros de Fantasia e Aventura faz no Facebook, uma vez ao mês, uma leitura conjunta de alguma obra de escolha dos membros e dessa vez o livro escolhido foi O Aprendiz de Assassino por Robin Hobb.


Fruto de uma infidelidade, Fitz, filho de Cavalaria, é um bastardo real, desprezado pelo mundo, sem amigos e solitário. O rapaz refugia-se nos estábulos da realeza e apenas sua conexão mágica com os animais – a antiga arte conhecida como Manha – proporciona-lhe um pouco de alegria e companheirismo. Mas a Manha, se usada com frequência, é uma mágica perigosa e mal vista pela nobreza. Então, quando Fitz é finalmente adotado pela casa real, ele deve abrir mão de seus antigos costumes e aprender a viver esta nova vida: artilharia, escrita, bons modos, a magia do Talento… e, secretamente, aprender a matar um homem, já que é treinado para se tornar o assassino real e um dos homens de confiança do Rei Sagaz. Quando salteadores bárbaros começam a atacar os povoados costeiros, Fitz será encarregado da sua primeira missão. Ao mesmo tempo, perceberá que está rodeado de intrigas, segredos, desonra, heroísmo, aventuras e magia. Embora alguns o vejam como uma ameaça ao trono, ele talvez se torne a principal peça para a sobrevivência do próprio reino. Em O Aprendiz de Assassino, primeiro volume da série “Saga do assassino”, Robin Hobb cria uma das histórias mais amadas da literatura de fantasia.

Fica o convite então para todos vocês. A leitura inicia amanhã, dia 12 de dezembro!

9 de dez. de 2014

Novidades sobre a trilogia Mistborn


Grande notícia para todos os fãs de Brandon Sanderson: segundo um leitor da série, a editora LeYa lhe enviou uma resposta sobre o lançamento de O Poço de Ascensão (título provisório, mas provavelmente será esse mesmo) e disse que a previsão é para o mês de Fevereiro de 2015.

Essa capa ainda não é oficial

A sequência de O Império Final, primeiro livro da trilogia Mistborn e que já foi resenhado aqui, é muito aguardada pelos leitores de fantasia e tomara que corresponda às expectativas.

O que acharam da notícia? Já leram o primeiro livro? Gostaram?

2 de dez. de 2014

Recebendo as postagens por e-mail

Bom dia, desbravador!

Como foi o final de semana? Espero que tenha sido bom e de muitas leituras. Eu iniciei o livro O Aprendiz de Assassino e estou gostando. E vocês, leram o quê?

Como sei que vários de vocês costumam acompanhar sempre o blog e as vezes acabam perdendo uma ou outra postagem, fiz este tutorial bem simples de como seguir o blog pelo e-mail e receber todas as postagens diretamente na sua caixa de entrada:

1º - Na aba lateral, procure por "RECEBA TODAS AS POSTAGENS DO BLOG NO SEU E-MAIL";


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5º - Clique no link que lhe foi enviado e você verá a confirmação do cadastro do seu e-mail.

Pronto! A partir de agora você receberá todos os posts, promoções, notícias e atualizações que forem feitos aqui no blog. Não esqueça de comentar e também divulgar para os seus amigos e seguidores sobre o Desbravando Livros.

Agradeço desde já pela atenção e participação de todos os desbravadores.

Uma ótima terça-feira a todos vocês!

1 de dez. de 2014

Resenha: O Olho do Mundo - Robert Jordan


Título: O Olho do Mundo
Original: The Eye of the World
Série: A Roda do Tempo #01
Autor: Robert Jordan
Páginas: 800
Editora: Intrínseca (agosto de 2013)

Sinopse: Um dia houve uma guerra tão definitiva que rompeu o mundo, e no girar da Roda do Tempo o que ficou na memória dos homens virou esteio das lendas. Como a que diz que, quando as forças tenebrosas se reerguerem, o poder de combatê-las renascerá em um único homem, o Dragão, que trará de volta a guerra e, de novo, tudo se fragmentará. Nesse cenário em que trevas e redenção são igualmente temidas, vive Rand al’Thor, um jovem de uma vila pacata na região dos Dois Rios. É a época das celebrações de final de inverno — o mais rigoroso das últimas décadas —, e, mesmo na agitação que antecipa o festival, chama a atenção a chegada de uma misteriosa forasteira. Quando a vila é invadida por bestas que para a maioria dos homens pertenciam apenas ao universo das lendas, a mulher não só ajuda Rand e seus amigos a escapar dali, como também os conduz àquela que será a maior de todas as suas jornadas. A desconhecida é uma Aes Sedai, artífice do poder que move a Roda do Tempo, e acredita que um dos jovens seja o profético Dragão Renascido — aquele que poderá salvar ou destruir o mundo. 

O Olho do Mundo é o primeiro de uma série de CATORZE livros intitulada A Roda do Tempo, escrita pelo autor Robert Jordan, falecido logo após terminar o 11º livro, mas que felizmente o autor Brandon Sanderson teve a honra e a gigantesca responsabilidade de finalizar os três volumes finais e não deixou os leitores da série na mão e sem saber o final.

Como visto na sinopse acima, é numa vila tranquila na região dos Dois Rios que tudo começa. Vamos sendo apresentados aos jovens personagens principais Rand al'Thor (possui a maior parte dos pontos de vista da história), Mat Cauthon, Perrin Aybara, Nynaeve al'Meara (Sabedoria da vila, comanda o conselho de mulheres da cidade, mesmo sendo apenas uma adolescente) e Egwene al'Vere (filha do prefeito) aos poucos, assim como outros que fazem parte da história e tem lá a sua importância. Enquanto todos festejam o final do inverno, coisas estranhas começam a acontecer: uma desconhecida aparece na vila de repente e um cavaleiro negro misterioso é visto pelos jovens nos arredores, mas ninguém o consegue identificar.

Em determinado momento seres muito estranhos, com cabeças de bode e extremamente musculosos, atacam a vila e destroem tudo e todos ao seu redor, procurando por alguma coisa ou alguém. Até então eles eram somente lendas e mitos para os habitantes da vila, mas os Trollocs agora tornam-se um pesadelo real. E é nessa hora que aparecem Moiraine e Lan. A misteriosa mulher é uma Aes Sedai, capaz de controlar o poder que move a Roda do Tempo, enquanto o homem é um Guardião, jurado a protegê-la e, para mim, um dos grandes mistérios desse primeiro livro, pois somente nos é revelado quem ele realmente é e quais são suas origens na segunda parte do livro. Ambos estão à procura do Dragão Renascido, que segundo as profecias irá ressurgir quando o mal tomar conta do mundo e ele será a salvação (ou não) da humanidade.

 

Falando um pouco mais sobre a parte mágica da história toda, O Poder Único vem da Fonte Verdadeira, a força que impulsiona a Criação, a força que o Criador gerou para girar a Roda do Tempo. Saidin, a metade masculina da Fonte Verdadeira, e saidar, a metade feminina, trabalham uma contra a outra e ao mesmo tempo em conjunto para produzir essa força. Saidin é maculado pelo toque do Tenebroso, somente homens podem utilizá-lo e a maioria deles foi tão corrompida a ponto de enlouquecerem.  Somente saidar, a força utilizada pelas Aes Sedai, pode ser usada com  segurança. Apenas poucas pessoas conseguem aprender a tocar a Fonte Verdadeira e usar o Poder Único, e algumas dessas poucas podem aprender num nível mais elevado, outras, num nível menor. 

Focando bastante na fuga dos protagonistas em direção ao desconhecido, ao longo da história vamos desbravando novos lugares, como Baerlon, Caemlyn, Ponte Branca, Fal Dara, entre outros, com nossos protagonistas (quase) sempre acompanhados por Moiraine e Lan. Aos poucos percebe-se que não só um Dragão Renascido pode ter reencarnado, mas vários falsões Dragões aparecem para tentar preencher esse cargo e com eles as intrigas políticas também começam, pois sempre que alguém resolve se intitular de algo em livros de fantasia épica é certo que alguma treta vai rolar.


Não sei por que, mas esse livro realmente não me convenceu. Existem várias partes boas na narrativa, confesso, mas entre elas a leitura parece se arrastar que até cheguei a parar umas duas vezes para ler outras obras e depois resolvi voltar aqui para finalizá-la. Essas partes boas e ruins intercaladas realmente atrapalharam a dinâmica da leitura, pois sempre que o negócio começava a fluir vinha algo que estragava o ritmo. É claro que as explicações sobre os lugares, as histórias, alguns personagens lendários e afins são importantes em qualquer tipo de livro, mas quando isso acontece a todo momento pode prejudicar a leitura, como foi no meu caso.

Voltando um pouco aos personagens, nesse primeiro livro eles não são tão desenvolvidos assim (compreensível, já que a série tem 14 volumes) e eu acabei não gostando TANTO de nenhum, aquele gostar a ponto de torcer pelo personagem e querer que ele se dê sempre bem. Um leve destaque apenas para Perrin, cuja conexão com os lobos me fez dar um pontinho positivo para ele. Tirando os principais, somente Lan me fez querer ler mais e mais sobre ele, já que aquele ar todo misterioso do Guardião foi bem usado ao longo da narrativa e acredito que ele terá um papel ainda mais importante ao longo dos livros, não só apenas guiar o grupo.

Enfim, para resumir, O Olho do Mundo não foi um livro que me cativou e me fisgou a ponto de me obrigar a ler sua sequência imediatamente e recomendá-lo para todo mundo, mas pode-se perceber todos aqueles ingredientes básicos para uma fantasia épica, como vários personagens, um mundo gigantesco a ser explorado com suas diversas peculiaridades, dezenas de criaturas totalmente diferentes e prontas para matar os protagonistas, assim como muitos outros fatores. Não lerei A Grande Caçada em breve, mas no futuro provavelmente darei uma chance, pois a maioria dos leitores diz que a série melhora mesmo do 2º livro em diante.

Avaliação final:

A Roda do Tempo:

1º livro - O Olho do Mundo
2º livro - A Grande Caçada
3º livro - O Dragão Renascido
4º livro - A Ascensão da Sombra
5º livro - As Chamas do Paraíso
6º livro - Lord of Chaos
7º livro - A Crown of Swords
8º livro - The Path of Daggers
9º livro - Winter's Heart
10º livro - Crossroads of Twilight
11º livro - Knife of Dreams
12º livro - The Gathering Storm
13º livro - Towers of Midnight
14º livro - A Memory of Light
Livro extra - New Spring
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