11 de jun. de 2016

Campanha: #EspalheFantasia!


Não é recomendado apenas desbravar fantasia e seguir adiante. É necessário divulgar sempre as séries que a gente ama e fazer com que mais pessoas descubram esse maravilhoso gênero literário.

Foi pensando nisso que resolvemos criar a campanha #EspalheFantasia, uma iniciativa de vários blogs literários e leitores fanáticos. A ideia? Recomendar 5 séries do gênero fantasia já publicadas (ou em andamento) no Brasil e explicar o porquê dessas escolhas. Portanto, vamos ao que interessa:



As Crônicas de Gelo e Fogo, do autor George R. R. Martin, merece estar na lista pelo simples fato de ser a saga mais comentada e badalada dos últimos anos. Com o surgimento e avanço do seriado Game of Thrones, ler a obra de Martin é tarefa obrigatória!

Mistborn, do autor Brandon Sanderson, possui um dos sistemas de magia mais legais que conheço e, ao mesmo tempo, traz lições valiosas para a humanidade quando tudo parece perdido.

Discworld, do autor Terry Pratchett, é uma série que merecia ter MUITO mais atenção do público brasileiro. Que autor melhor que Pratchett para tratar de religião, política e demais temas controversos com uma dose de humor sem fim? Altas risadas com essa saga!

A Primeira Lei, do autor Joe Abercrombie, traz tudo aquilo que uma fantasia épica precisa: grandes batalhas, worldbuilding de primeira e personagens carismáticos. Personagens esses que são capaz de cometer erros medonhos, já adianto.

Nobres Vigaristas, do autor Scott Lynch, é o que há de mais engraçado no momento. Já pensou em torcer para um bando de ladrões e se sentir um deles? Ser um Nobre Vigarista é sinônimo de honra!

Essas cinco séries citadas acima são as que eu mais recomendo no gênero fantasia atualmente, pois tratam de temas diversos e são bem diferentes entre si, todas com suas características bem peculiares e que fazem os desbravadores amarem e odiarem seus personagens a cada página virada.

Outras séries internacionais que também mereciam estar na lista:
A Crônica do Matador do Rei - Patrick Rothfuss
A Roda do Tempo - Robert Jordan
A Sombra do Corvo - Anthony Ryan
Ciclo das Trevas - Peter V. Brett
Deltora Quest - Emily Rodda
Duna - Frank Herbert
Harry Potter - J.K. Rowling
O Senhor dos Anéis - J.R.R. Tolkien
Revelações de Riyria - Michael J. Sullivan

Séries de autores brasileiros que merecem o seu carinho e atenção:
Alvores - Lauro Kociuba
Chamas do Império - Diego Guerra
Galeria Creta - Jana P. Bianchi
Maretenebrae - L.P. Faustini
Reinos Eternos - J.M. Beraldo

Enfim, espero que, após todas essas recomendações e dicas de leitura, todos os desbravadores que acompanham o blog já estejam abrindo a carteira e gastando todo o seu dinheiro amado em livros de fantasia. É algo que vocês com certeza não se arrependerão! Esse gênero é simplesmente fenomenal, a quantidade de histórias bacanas disponíveis por aí é gigantesca, e todas elas têm aquela pitada de realidade que com certeza nos farão pensar melhor a respeito do que acontece no nosso cotidiano. Desbrave, meu caro amigo, e não se esqueça: #espalhefantasia.

5 de jun. de 2016

Resenha: A Cor da Magia - Terry Pratchett

Título: A Cor da Magia
Original: The Colour of Magic
Série: Discworld #1
Autor: Terry Pratchett
Páginas: 231
Editora: Conrad (2001)

Sinopse: A Cor da Magia é o 1º livro da cultuada série Discworld. A história relata as aventuras do mago Rincewind e do estranho turista Duasflor, tudo com muito bom humor. Nessa aventura, os personagens praticamente fazem um tour pelo disco, o que os leva a encontrar um grande herói, um terrível demônio e dragões, além de se aproximarem perigosamente da borda do mundo.

Depois de ter lido Guardas! Guardas! e Pequenos Deuses no ano passado, livros #8 e #13 de Discworld, finalmente resolvi ler A Cor da Magia, o famoso livro #1 da série. Pra quem ainda não sabe, Discworld é uma saga com mais de 40 livros, sendo que eles são divididos entre vários "ciclos" diferentes, portanto a ordem de leitura é totalmente misturada, dando ao leitor a opção de escolher o núcleo que mais o agrada e começar por ali a sua interminável aventura pelo Disco.

Tudo está normal na cidade de Ankh-Morpork até a chegada de um estranho turista do Império. É a partir desse momento que todos os fatos começam a se desenrolar e temos uma quantidade infinita de coisas acontecendo ao mesmo tempo. Pessoas querendo se aproveitar do estrangeiro, teorias conspiratórias tomando forma e assassinos sendo contratados. E nesse baile todo nos deparamos com a figura do mago (?) Rincewind, que fora expulso da Universidade Invisível sem nunca ter conseguido realizar um mísero feitiço, mas que ainda assim teve um deles "aprisionado" na sua mente após tentar roubar um livro sagrado. Que feitiço seria esse? Ninguém tem a menor ideia.


Acompanhado da destemida Bagagem, uma mala com vida própria, o turista DuasFlor parece ser um personagem bem ingênuo, como todo viajante de 1ª vez também parece, mas aos poucos vamos percebendo que ele não é tão bobo assim e acaba se tornando uma grata surpresa nesse livro inicial de Discworld, livrando-se de confusões, vendo o mundo como uma grande aventura e trazendo discussões bem pertinentes a respeito das relações entre povos e culturas bem diferentes.

O trio formado pelo "guia" Rincewind, DuasFlor e a Bagagem (sim, ela é definitivamente uma grande personagem dessa história) é o dono das atenções nesse primeiro volume. Fique de olho neles enquanto viajam pela cidade de Ankh-Morpork, por Wyrmberg e pelo perigoso Reino do Krull.

"— NÃO VAI DOER — garantiu Morte. Se palavras tivessem peso, uma única frase de Morte seria capaz de ancorar um navio."

Morte é um personagem à parte e falarei mais sobre Ele numa resenha futura do 4º livro da série.

Também percebemos que os deuses têm um papel importante em Discworld, fazendo um jogo de marionetes com os personagens que acompanhamos e muitas vezes brincando com o Destino (duplo sentido pra quem já leu) ao mexerem as peças do tabuleiro conforme as suas vontades.

Narrado em 3ª pessoa, A Cor da Magia é a obra de Disworld que mais nos insere no mundo em si, trazendo detalhes valiosos no que se refere ao worldbuilding, principalmente se comparar a Pequenos Deuses e Guardas! Guardas!, que são bem focados em regiões específicas do Disco. Confesso até que em algumas horas eu me sentia rapidamente perdido com tanta informação "nova" sendo jogada, mas a escrita leve do Terry Pratchett logo resolve tudo e é hora de seguir o baile.

"Era muito bom sair falando em coerência, na harmonia dos números e na lógica que governava o universo, mas a questão pura e simples era que o Discworld atravessava o espaço na casca de uma tartaruga gigante e que os deuses tinham o hábito de aparecer na casa dos ateus quebrando as janelas."

Se você está à procura de um livro com worldbuilding muito bem estruturado, brigas de taverna, cidades sendo incendiadas, criaturas extremamente poderosas e que habitam covis sombrios, dragões em seu habitat natural (e fora dele também), além de uma viagem até a famosa Borda do Mundo, onde é possível ter vislumbres da Grande A'Tuin, a tartaruga que move o Disco pelo espaço enquanto carrega quatro elefantes gigantes no seu caso, então A Cor da Magia é um bom começo.

Discworld é muito mais que diversão garantida, é uma mistura de tudo que a fantasia tem a oferecer e tudo que a zuera pode alcançar. Terry Pratchett era mestre demais em fazer isso! haha

Avaliação:

Discworld:

Livro 1 - A Cor da Magia
Livro 2 - A Luz Fantástica
Livro 3 - Direitos Iguais, Rituais Iguais
Livro 4 - O Aprendiz de Morte
Livro 5 - O Oitavo Mago
Livro 6 - Estranhas Irmãs
Livro 7 - Pirâmides
Livro 9 - Fausto Eric
Livro 10 - A Magia de Holy Wood
Livro 11 - O Senhor da Foice
Livro 12 - Quando as Bruxas Viajam
Livro 13 - Pequenos Deuses
Livro 14 - Lords and Ladies
Livro 15 - Men at Arms
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