Título: Azincourt
Original: Azincourt
Autor: Bernard Cornwell
Páginas: 462
Editora: Record (2009)
Sinopse: Azincourt é uma das mais grandiosas batalhas da História. Travada entre dois exércitos desiguais que se enfrentam em condições desastrosas no dia de São Crispim em 1415, resultou em uma vitória extraordinária, celebrada na Inglaterra anos depois de Shakespeare tê-la imortalizado na peça Henrique V. O notável triunfo do arco grande, conhecido como longbow, sobre cavaleiros de armaduras, e do homem comum sobre a aristocracia feudal são alguns dos mitos que a batalha criou. Bernard Cornwell sempre quis escrever sobre Azincourt e sua versão retrata a realidade por trás desses mitos. É um relato vívido, de tirar o fôlego e meticulosamente pesquisado sobre essa grande batalha e suas consequências. A partir do ponto de vista de nobres, camponeses, arqueiros e cavaleiros. Cornwell retrata habilmente as horas de luta implacável, o desespero de um exército mutilado pela doença e a coragem excepcional dos soldados ingleses.
Recheado com todos os ingredientes necessários para se fazer um romance histórico, Azincourt está, a partir de hoje, na minha lista dos melhores livros de Bernard Cornwell. É simplesmente intrigante a facilidade que o autor tem em narrar os acontecimentos de épocas passadas e ao mesmo tempo nos transportar para dentro da narrativa.
O livro nos apresenta Nicholas Hook, arqueiro inglês especialista em criar problemas desde que nasceu. Hook, assim como vários outros arqueiros, é enviado por seu senhor para Londres a fim de acabar com uma rebelião. Lá, nosso protagonista se mete em uma briga e é declarado fora-da-lei, tendo que buscar refúgio na França. Em Soissons, cidade francesa guarnecida pelos ingleses, o arqueiro conhece como é uma guerra de verdade: mortes, estupro, violência descontrolada e traições que mudam o destino de pessoas.
Apesar de toda essa brutalidade mostrada na guerra, o livro também é recheado de passagens sarcásticas e conversas muito bem-humoradas entre os personagens:
"- Briga de família, garoto, é o pior tipo de briga que existe – dissera John Wilkinson."
Ao longo da narrativa, Nicholas se encontra com diversos personagens marcantes em sua vida, como a freira Melisande, outros bons arqueiros como ele e, principalmente, Sir John Cornwaille. O cavaleiro é imprescindível no desenvolvimento de Hook como pessoa e também como guerreiro, pois o ensina a lutar com outros tipos de arma além do arco longo e também lhe dá algumas lições de vida que ficarão para sempre em sua memória:
"... Mate ou seja morto, dizia sempre Sir John, e Hook correu para o homem, com a acha levantada, o cabo seguro com as duas mãos, ignorou o débil golpe defensivo de espada que o homem ofereceu e estocou com a ponta da lança contra a cintura do francês."
E eu também não posso esquecer de deixar aqui para vocês um quote com uma clara demonstração de como são as descrições minuciosas do autor:
"O marechal não usava elmo. Seu cabelo era castanho-escuro, cortado muito curto e ficando grisalho nas têmporas, e emoldurava um rosto de tamanha ferocidade que Hook ficou pasmo. Era um rosto quadrado, rijo, com cicatrizes e quebrado, sofrido em batalha e pela vida, mas não derrotado. Um rosto duro, rosto de homem, rosto de guerreiro, com olhos escuros penetrantes que examinavam homens e cavalos em busca de sinais de suas condições. Sua boca estava fixa numa linha séria, mas de repente ele sorriu ao ver o padre Christopher, e no sorriso Hook viu um homem capaz de inspirar outros homens a grande lealdade e vitórias."
Vocês irão gostar muito desse livro, tenho certeza! A rixa da família Hook com a família Perrill se estende por todas as páginas e rende vários momentos de apreensão. O prólogo é sensacional, digno de uma obra de Bernard Cornwell. A única coisa que eu "não gostei" foi da narrativa em terceira pessoa, mas isso é algo mínimo comparado com a grandiosidade do livro.
E só para constar: eu nunca me canso de ler os livros do Bernard Cornwell. São muitos detalhes, são tantas batalhas e reviravoltas que é muito difícil MESMO não gostar do estilo do autor e da sua narrativa. Azincourt é mais um livro na minha lista de favoritos!
Pontos fortes: batalhas, descrições dos cenários e dos acontecimentos, intrigas... Enfim, tudo que deve existir em um romance histórico.
Pontos fracos: o fato do leitor já saber que os ingleses venceriam essa batalha histórica.
Avaliação final:
Oie :)
ResponderExcluirAdorei o modo como você organizou a resenha parabéns :)
Eu não conhecia o livro mais sim o autor é estou muito curioso para lê-lo , beijos !!!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )
Que bom que gostou, Gabriel. Estou sempre tentando melhorar o visual e a organização das resenhas para que o leitor fique mais à vontade. ;)
ExcluirE leia esse livro. É muito bom!
Abraços.
Ooooi! Não conhecia o livro, mas parece ser legal!
ResponderExcluirÓtima resenha. Abraço
Ele não parece, É legal, Gabriel. HAEUHEAUHUAEHUEAHUHE
ExcluirAbraços e obrigado por comentar!
Oi Oi Vag, tudo bom?
ResponderExcluirEu adoro livros que travem batalhas, intrigas, cenários marcantes, tudo que é bem épico *-*
A capa do livro não me convenceu muito, mas fui ler tua resenha e fiquei com bastante vontade de ler esse livro. Essa história de rixas familiares são sempre ótimas de serem lidas. Adorei a resenha.
O quote: "Briga de família, garoto, é o pior tipo de briga que existe" muito bom, eu que o diga hahaha'
Beijocas.
Esse livro possui todos esses elementos, Kéziah! E vai dizer que você não gostou dessa capa? É uma das mais bonitas da minha estante! rsrs
ExcluirE eu sempre tento trazer quotes engraçados nas resenhas, pois assim o leitor se diverte e acaba comentando aqui! HAEUHAEUHAEUHU
Beijos.
oi lindo, no meu ponto de vista bernard cornwell eh o melhor, quem leu cronicas saxonicas ou cronicas de arthur sabe do q eu to falando...
ResponderExcluirE me falaram que vai virar filme...
Adorei sua resenha, otimo ponto de vista
bjim
Bem dito, Quesia. Para mim, "As Crônicas Saxônicas" é a melhor série de todas! Quanto a virar filme, tomara que você esteja certa. Quem aqui não quer ver os livros do Bernard Cornwell sendo adaptados? rsrs
ExcluirBeijos e obrigado por comentar!
Não li esse livro ainda. Na verdade é a primeira resenha dele que leio, que tá ótima por sinal :D Memso eu não me ligando em histórias assim :}
ResponderExcluirAh, tem promo no ar ... Participa :*
- VITAMINA DE PIMENTA -
@LariCrazy_
São poucas resenhas de Azincourt por aí, Larissa... AEHUHAEUHEAUHAE
ExcluirObrigado pelo elogio e dê uma chance ao Bernard Cornwell. Você vai gostar! ;)
Gênero que eu gosto, principalmente em filmes.
ResponderExcluirEu penso a mesma coisa, Claudio. Quem sabe não surja uma adaptação dos livros do Bernard uma hora dessas? Seria épico!
ExcluirPrimeiramente, muito boa a tua resenha. Acho legal mesclar a resenha com quotes, às vezes faço isso e gosto do resultado. Ao mesmo tempo em que aumenta o interesse do leitor no livro em si, ajuda a explicar melhor alguns pontos importantes do mesmo.
ResponderExcluirMudando um pouco de assunto... sou louca pra ler esse livro! Sempre ouço/leio maravilhas a respeito dele, mas concordo contigo em relação ao ponto fraco. O ruim de um romance histórico é que, por mais que seja bom, o leitor meio que já sabe onde a coisa vai terminar. Mas apesar disso, o Bernard não deixa por menos. Sempre fico abismada com a facilidade que ele tem em mesclar a história com a estória!
Boa semana!
Abraço,
http://labirintoimaginario.blogspot.com.br/
Exatamente, Clostridium! Eu sempre usei quotes nas minhas resenhas e o resultado saiu bem satisfatório na grande maioria das vezes. Quanto ao livro, você deveria ler o mais rápido possível! É um dos melhores livros do Bernard e conta com todos os ingredientes que ele sabe muito bem como trabalhar.
ExcluirVale a pena investir em uma final de semana!
Abraços.
Fala Vagner tudo certo?
ResponderExcluirAchei seu blog por acaso e gostei muito das suas resenhas. Fiquei bem empolgado para começar a ler alguma obra do Bernard Cornwell (nunca li nada dele e estou começando a me descobrir como leitor).
Gostaria da sua opinião... estava pensando em começar pela A Busca do Graal, justamente por não ser considerada a melhor obra dele, para que depois eu possa dar sequência nas demais obras. Pelo que eu intendi esse livro Azincourt se passa na mesma época, certo?
Por qual eu devo começar, Azincourt ou A Busca do Graal?
Parabéns pelo Blog!
Graças a suas resenhas despertou vontade de ler em mim novamente
Tudo certo aqui comigo, Alan, e contigo?
ExcluirTe aconselho muito a ler algum livro do Bernard Cornwell, pois a narrativa dele é épica e com certeza irá te agradar!
Quanto a qual livro começar: leia primeiro a trilogia "A Busca do Graal", pois algumas vezes, em Azincourt, o autor meio que comenta a respeito do que aconteceu nas batalhas ocorridas naquela trilogia e desse jeito fica bem mais fácil de se localizar.
Obrigado pelos elogios e fico muito feliz por eu ter "re"despertado o teu interesse pela leitura!
Tenho uma dúvida Vagner, confere que Azincourt não é uma série ?
ResponderExcluirbomlivro1811.blogspot.com.br
É livro único mesmo, Maurilei.
ExcluirEu já li ois livros do autor Stonehenge e O condenado e gostei muito do estilo dele. Azincourt está na minha lista de desejados principalmente por ser um livro único, a trilogia do Rei Arthur está faltando Excalibur para eu poder ler.
ResponderExcluirEu gosto demais do estilo dele, Cris, Bernard Cornwell é o meu autor favorito! A trilogia do Artur é sensacional, sugiro terminá-la logo!! Depois parta direto pras Crônicas Saxônicas, que pra mim é a melhor série dele. Boa leitura!
ExcluirBom galera estou lendo toda a obra desse autor incrível
ResponderExcluirComecei ler as crônicas de Arthur e não parei mais.
Já tenho 70% da obra de e ja li tudo.
Esse livro será minha próxima aquisição.
Vai viciar totalmente, eu já li 21 livros do Cornwell e pretendo ler muitos outros ao longo dos próximos anos.
ExcluirAzincourt é um bom livro único, espero que goste!