Título: A Queda de Sieghard
Original: A Queda de Sieghard
Série: Maretenebrae #1
Autores: L.P. Faustini & R.M. Pavani
Páginas: 352
Editora: Página 42 (2013)
Sinopse: Província de Bogdana, Sieghard, ano 476 após unificação Uma desconhecida força invasora irrompe pelo Grande Mar e ataca a costa protegida pelos soldados da Ordem utilizando-se de navios nunca antes vistos. Imensos. Terríveis. Destruidores. Ao mesmo tempo, uma estranha peste se espalha pelas comarcas do reino, cegando e invalidando sua população. Nobres e plebeus se nivelam padecendo do mesmo e misterioso mal. Em uma iniciativa desesperada, Sir Nikoláos de Askalor, o oficial responsável por defender a Ordem, abdica de todos os planos e estratagemas para investir de uma só vez contra os inimigos, sem saber que assim cairia na armadilha preparada por eles. Com suas fileiras dizimadas, o exército da Ordem recua e toma a direção do Domo do Rei para defender seu soberano, Marcus II, O Ousado, cuja vida representa a perpetuação dos valores ordeiros. Para um pequeno grupo, porém, composto por Roderick, Petrus, Chikara, Heimerich, Braun, Formiga e Victor Didacus - cada qual personificando um dos sete pecados capitais -, as sucessivas derrotas do reino são apenas o início da maior de todas as suas aventuras e desventuras. Diante deles, e de suas incontáveis diferenças, assombra-se um grande plano arquitetado por Destino. Serão eles capazes de enfrentá-Lo?
Quando invasores chegam a Sieghard cruzando o Grande Mar, tudo leva a crer que chegou o fim do mundo, ainda mais quando o exército local não consegue contê-los e sofre grandes perdas. Porém, um grupo muito peculiar, formado por sete pessoas totalmente diferentes entre si, parece estar destinado a grandes aventuras antes de tudo ruir. Essa é a premissa básica de Maretenebrae, livro de fantasia nacional escrito pelos autores L.P. Faustini e R.M. Pavani que eu finalmente tive a chance de desbravar e venho aqui contar para vocês como foi a minha experiência.
Sieghard é um continente tipicamente medieval, cheio de colinas e planícies arrastando-se pelo território e várias florestas e lugares desconhecidos pedindo para ser explorados, como é o caso das Terras de Além-Escarpas, um dos mistérios do livro. Todo local tem sua particularidade e importância na história e alguns deles são visitados durante A Queda de Sieghard, mostrando um pouco dos habitantes locais e suas particularidades, como vocês podem apreciar no mapa a seguir:
A leitura vai fluindo tranquilamente conforme o tempo passa, melhorando muito (!) a partir da metade do livro, quanto as dificuldades dos nossos protagonistas aumentam consideravelmente e eles se envolvem em grandes aventuras. O começo é típico de livros aclamados desse gênero, com descrições dos personagens aparecendo a todo instante e fatos passados sendo relembrados, tudo para que o leitor possa se situar e entender um pouco melhor a história.
Quanto aos personagens, temos uma gama infinita de opções: Roderick é um arqueiro muito habilidoso, Victor Didacus é um homem muito misterioso e que possui um dom incomum, Sir Heimerich é um guerreiro e cavaleiro da Ordem, responsável por proteger Sieghard, Chikara é uma maga da cidade de Keishu e pode usar o ambiente à sua volta para modificá-lo, Petrus é um simples pastor de ovelhas e que parece não ter habilidade nenhuma que possa ajudar o grupo, Formiga é um ferreiro da cidade de Alódia e grande apreciador de todo tipo de comida e por fim temos Braun, guerreiro selvagem de Kemen e nada simpático. Cada personagem representa um dos sete pecados capitais (Gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e soberba), mas deixarei a cargo do leitor identificá-los, já antecipando que os seus pensamentos e atitudes indicam facilmente a qual pecado cada um dos protagonistas "pertence".
Gostei bastante de Braun e Petrus, dois personagens totalmente opostos e com características muito peculiares. Braun tem tanta raiva do mundo e das pessoas ao seu redor que chega a ser engraçado ler os seus diálogos sempre cheios de xingamentos, ofensas e nem um pouco de educação. Já Petrus é o típico ser humano inocente que foi simplesmente jogado no meio de uma guerra e nem sabe por que está ali e o que pode fazer para sair dessa situação, mas aos poucos vai percebendo que não está ali por acaso e pode ser útil em determinados momentos.
Se você está com um pé atrás em ler Maretenebrae e pensa que aqui não encontrará seres fantásticos e grandes obstáculos aos protagonistas, saiba que está muito enganado. Temos trolls monstruosos, lagartos alados, gigantes e, principalmente, os Thurayyas, seres mágicos com poderes avassaladores e que são dificilmente derrotados, fazendo com que os invasores de Sieghard sempre tenham essa vantagem em batalhas.
A intenção dos autores é fazer de Maretenebrae uma série com quatro livros e o segundo já está sendo escrito e deve ser lançado em breve, com nome ainda a ser definido. Caso vocês queiram ter uma oportunidade de discutir mais sobre o livro, o grupo Livros de Fantasia e Aventura estará fazendo uma leitura conjunta do mesmo no Facebook a partir de 07/11 e você está convidado.
Para finalizar, o que tenho a dizer é que Maretenebrae tem tudo que uma fantasia épica e medieval precisa: um mundo onde o fim está (ou não) muito próximo, personagens que possam salvá-lo, animais fantásticos e um pano histórico por trás disso. Tudo isso misturado e somado aos segredos ainda não revelados até o momento nos brindam com um ótimo livro de fantasia nacional, digno de ser desbravado. Que venha o segundo livro!
Avaliação final:
Ois,
ResponderExcluirPelo que percebo recomendas a leitura deste livro, que é bem dentro do género que gosto, fica registada a sugestão e tenho que ver se está disponível ;)
Abraço
Recomendo sim, Fiacha, ainda mais por ser de um autor nacional. Abração!
ExcluirQue bom que vc gostou, Vagner. E que venha o segundo! Abs!
ResponderExcluirQue venha logo, pois primeiro deixou dúvidas demais!! hahaha
Excluir